terça-feira, 10 de abril de 2012

Capitulo 6




A rodoviária esta vazia naquela tarde abafada de outono. Vito comprava as passagens para um pequeno vilarejo à 500 ou 600 quilômetros de onde estavam, em quanto Gabriel falava ao telefone, irritado, falava enérgico, procurando alugar um quarto em uma hospedaria na cidade de destino. O nosferatus pega as passagens e caminha com sua calma costumeira para perto do amigo. Minutos depois Gabriel consegue a reserva, em seguida ambos seguem embarque. 


Seguiram no ônibus quase vazio, dividido com dois ou três velhos. O veículo já estava de partida quando um homem, com seus 30 anos e roupas no minimo exóticas, embarca segurando um pequena mala de mão, de couro baio e surrado.  Gabriel afunda na poltrona e golpeia levemente com o cotovelo as costelas de Vito, que reage com atenção. Aspira. 
- Mojo. - diz o vampiro intrigado. 
- Ele deve ir para o leilão também! - sussurra Gabriel, e prossegue - Vamos apagar esse cara entes que chegue lá, será menos um concorrente. 




Vito abre a mochila que estava entre suas pernas e examina alguns artefatos. Gabriel dita alguns itens que lhe são entregues pelo cúmplice. Gabriel arquiteta uma mistura de substancias que lhe garantisse no mínimo, que o alvo se permanecesse inconsciente até o momento do leilão. Terminada a solução, Vito se levanta, caminhando silenciosamente até o alquimista desconhecido. Gabriel o segue portando a substância.




O nosferatus com força prende a presa pelos cabelos, e a cala. Gabriel derrama o liquido que escorrem pelos dedos entreabertos de Vito e vão até os lábios de destino. Após algumas convulsões o alquimista silencia-se. Vito por sua vez furta o pequeno mapa que sua vítima carregava. E o ônibus segue viajem ao cair do crepúsculo. O mapa denunciava o interesse pelo leilão, já que a mansão estava circulada por caneta vermelha. Mais alguns círculos indicavam a estadia e pontos de referência. 


Vito e Gabriel chegaram na cidade de destino, seguiram para a pousada, que precária, fornecia poucos dos requisitos de conforto. Vito não reclamou e deitou-se no leito e começou a refletir. Gabriel cheio de queixas liga a pequena televisão de 14 polegadas que estava parafusada no canto da parede. Vito indaga:
- Gabriel, quanto tu tens acumulado? Em questão de dinheiro?
- Que? E pra que você precisa saber disto? - responde grosseiramente o parceiro.
- Vamos à um leilão amanha, precisamos de dinheiro para pagar, acho que é assim que funciona, a não ser que tenha mudado desde minha época. - prossegue humildemente o nosferatus. 
Gabriel cobre o rosto e põe-se a reclamar: - A dificuldade de achar uma pousada foi por isso, essa cidade ta lotada de alquimistas! Eu deveria ter previsto. Como faremos agora meu caro amigo?
- Eu bem que senti o ar de mojo que estava este vilarejo. - completa Vito com desanimo. 
- Que faremos?
- Trapaça? - sugere o vampiro com genialidade. Gabriel da um meio sorriso e completa elogiando "Meu garoto."







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