sexta-feira, 23 de março de 2012

Capitulo 4


O bar noturno é refúgio para nosferatus, exorcistas e demais entidades soturnas. O vigor das historias e experiencias dos fregueses fazia o ar denso, o cheiro do sangue das vitimas que servem os banquetes, pode ser sentido a quilômetros. O frio beco que sedia o bar, se localiza entre ruas praticamente mortas do centro comercial da cidade, a entrada se dá a metros a baixo do sistema de saneamento. 


Gustafah Clemenza é nosferatus fundador e proprietário do bar noturno, se traja de roupas góticas, com correntes e veludo negro. Seus cabelos escuros e lisos caiam até ao meio de seu dorso. Sua personalidade se completa pelos seus amados óculos circulares na cor rubra, que vestia com orgulho. 


Afogado em livros e capas de disco, Vito, deitado no chão do apartamento lê uma revista de pesca enquanto meticulosamente compara um canivete de sua coleção. Prostrado perante o computador, Gabriel faz algumas anotações, sem se quer desviar o olhar da tela, e regularmente, para tratar seu sono, sorve um pouco de café.   


O telefone celular de Gabriel toca e se debate pela mesa. Vito se espanta, sentando-se imediatamente. O alquimista atende o aparelho ainda com os olhos fixos na tela. Entre pequenas palavras e pigarros, se desconcentra do computador, olha para Vito com um sorriso e pronuncia: - Sim, ele esta aqui! - se despede e desliga o telefone. Animado Gabriel se volta para Vito e anuncia - Hoje iremos à um bar!.


Horas depois os parceiros saem do apartamento cobertos pelo véu do sereno da noite. A dupla caminha em direção ao centro da cidade, que se localizava a poucos quilômetros. Chegando ao beco, Vito reclama do forte cheiro de putrefação que sentira por ter um olfato mais aguçado. Ao passarem por uma passagem no solo, descem ao esgoto e ainda mais, chegando à entrada do bar. 


Ao entrar no bar, Vito cobre o rosto por razão do horrível odor. O proprietário do bar desce calmamente uma escada em espiral, cumprimenta Gabriel. Gabriel apresenta o amigo à Gustafah, que o recebe com animo, e os convida para uma partida de poker. 


Chegando a uma sala privada o alquimista engole seco, Vito suspeita de algo. Uma pequena mesa redonda de tecido vermelho centralizada na pequena sala, era palco de vários espetáculos. O anfitrião se senta e pergunta a Gabriel se o enfrentaria novamente, o desafiado diz à Clemenza:
- Vito jogará em meu nome esta noite! - Vito se assusta com ar de negação. 
- Como queira meu caro. - diz o nosferatus com desprezo. 
Vito chama o parceiro e sussurra:
- Seu aproveitador! Sabia que me envolveria em mais uma de suas enrascadas!
- Ta tudo bem Vito, esse cara é fichinha perto de sua suprema falta de expreção. - elogia Vito com um sorriso amarelo.
- Estou de acordo! - diz em voz alta, retorcendo o pescoço para os lados afim de estralá-lo. Se senta na mesa. 
- Primeiramente, preciso de um caneco de sangue fresco. - Exige Vito, que é atendido. Prossegue - Seu cheiro imundo não me deixaria me concentrar, aproposito, ótimo sangue. - Indignado Clemenza com ódio distribui as fichas e as cartas.


Gustafah atende o convidado, e enfim começa o jogo. Ao virar as cartas Vito as examina e as deixa sobre a mesa. Coleta o “blind” e o lança no contro da mesa, Clemenza faz o mesmo. As três primeiras cartas viradas na mesa são: um 2 de espadas, um 2 de copas e um valete de ouro. Vito bate na mesa com desleixo.


Gustafa procura algum vestígio de expreção no rosto de Vito, não encontra. A próxima carta virada na mesa é um 5 de paus. Vito bate na mesa com o mesmo animo de outrora. Gustafa sobe a aposta com 5, Vito paga. Desta vez a carta virada é um 2 de paus, Gustafah sobe mais 15. Vito dobra a aposta. O anfitrião paga a aposta e pede as cartas de Vito, que as mostra, um 8 de paus e um 5 de ouro. Vito declama: - Full house - e se esparrama pela cadeira. 


Complexado Gustafah arruma a mesa com raiva e redistribui as cartas. As novas cartas na mesa eram um 9 de ouro, um 8 e um valete de espadas. Gustafa faz o blind e sobe com 40 fichas. Vito olha suas cartas e pede “all in”, confiante Gustafah aceita e mostra a sequência que tem em mãos, um 10 e um 7 de ouro. O anfitrião gargalha verazmente, mas é cessado pelos olhares dos demais.  


Vito mostra suas cartas. - Sequência maior, touchet. - são virados uma dama de copas e um 10 de paus. Clemenza se levanta da mesa e a derruba. Assustados os parceiros comemoram apenas com um apeto de mão rápido. Clemenza retira um florete que estava preso à parede. Aponta a arma para Vito - Iremos à minha primeira intenção!








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