Capitulo 11

Após uma longa ligação, o alquimista Gabriel marca um encontro naquela mesma noite com Verônica, a atendente da cafeteria. Neste meio tempo, Vito se irritava cada vez mais, pois estavam a pouco em uma discussão séria sobre a pedra filosofal, que queria de muito esforço resolver.

Gabriel se levanta, confere o relódio e parte em direção ao seu quarto. Vito o segue enérgico. Enquanto o alquimista cantarolava e revirava suas jaquetas, Vito o surpreende:

- Gabriel, vamos logo decidir sobre a pedra.

- Calma Vito, há tempo para tudo. - prossegue com as roupas.

Preste atenção, enquanto tu sassarica com estas pirralhas, eu sinto sede, SÓ SEDE! NADA mais que sede!

Gabriel não reage, e não se desconcentra das jaquetas.

- CAZZO! - junto com o grito golpeia o guarda-roupas, partindo-o ao meio.

- Calma Calma! Não tem nada que eu possa fazer agora!

- Perdão, só quero agilizar isso, não aguento mais esta vida.

Gabriel se faz pensativo com o argumento do amigo e responde:

- Tudo bem, vamos separar os trabalhos, você pode coletar as amostras que podem ser encontradas em laboratórios, e eu as de usinas...

- Feito. Vito interrompe. - Deixe-me ficar com o amuleto. - ergue a mão para Gabriel, que retira-o do bolso.

Vito da as costas e caminha em direção à sala, de onde retira o quadro que continha a tabela periódica e o arremessa contra a parede. Após pegar o folheto entre os cacos de vidro, parte de apartamento.

Em um restaurante no centro da cidade estavam Gabriel e Verônica. Empolgada, Verônica falava sobre livros e cinema. Gabriel não dizia muito, estava aianda pensativo sobre a discórdia que tivera com seu amigo a pouco. A moça reparou na dispersão do alquimista. Gabriel se sentia fraco por não conseguir esconder seus sentimentos. Para um homem de mais de um século de vida, deveria ser uma atitude simples.

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Capitulo 10

De olhos fechados, Vito cambaleia e segura no ombro de Gabriel. 

-Venha aqui, meus olhos. - solta um leve sorriso. - Já vamos?

-Sim, já vamos. Cuidado com as cadeiras ai na frente. - diz o cúmplice guiando-o para a saída da cafeteria.

Saindo da cafeteria, o alquimista se despede de Verônica com singelos gestos. Vito segura uma gargalhada, abre os olhos, que desfaziam-se das trevas. Se faz calmo e sério como de costume. 

O apertamento se fazia movimentado novamente. Vito e Gabriel estavam estudando os ingredientes da pedra filosofal. Devido à dificuldade de obter, decidiam qual seria o primeiro item a trilhar. Dos 8 itens requeridos, apenas dois, eram de fácil obtenção, as almas e o sacrifício. Gabriel analisava os outros itens e propunha:

-Sobre o circulo de transmutação universal, após fazer alguns testes e estudos, posso chegar nele. Deve ser algo simples, mas genial, nunca tinha imaginado a existência de tal circulo.

E se foca em outro item, "Amostras de todas as partículas existentes". Se faz pensativo e não faz ideia da magnitude de matéria que teria que coletar, parecia impossível. Gabriel se esparrama em sua cadeira e olha para parede ainda pensativo, quando olha para um quadro emoldurado na parede. A moldura abraçava a tabela periódica, em uma versão artística, rica em detalhes.

-A tabela periódica! como não pensei! - Gabriel estala os dedos e aponta para a figura.

-Lindo Gabriel, mas... você possui todas estas amostras?

-Na verdade a maioria delas são facilmente encontradas em laboratórios de química, as radioativas em usinas. - fala entusiasmado o alquimista, que é respondido com desprezo.

Gabriel tica estes dois itens e parte para outro, "Artefato aprisionador". Este é um mistério, jamais ouvira falar de algo do tipo. Seria fruto de uma longa pesquisa. Os outros itens apesar do difícil alcance, não eram enigmáticos. 

O telefone toca, Gabriel sorri. 

-Oi, Verônica!

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Capitulo 9

A fria madrugada de sabado era tomada pelo vapor das indústrias ao raiar da aurora. Vito e Gabriel, após o desembarque na cidade onde residem, se sentam em uma pequena cafeteria que se escondia no interior da rodoviária. Pensativo Gabriel toca a campainha do balcão e examina o menu, seu parceiro se debrussa fatigado no balcão.  


Os passos serenos e graciosos daqueles sapatos claros e delicados. Uma voz dizima o silêncio:


-Bom dia, senhor. Posso anotar o seu pedido? - oriunda de um belo sorriso. 


-Bom dia. - Responde adimirado o alquimista. - Vou querer um expresso grande e um numero 6 do cardápio.


A atendente se volta para vito:
-E o senhor? - Porém não é respondida. 
-Ele está comigo, deve ter caído no sono. - responde Gabriel, complexado. 
Após a garotra entrar na cozinha Vito apenas volta sua cabeça e pronuncia em sussurro:
- Ma que banchetto! - seus olhos estavam negros pelo sangue. 


Gabriel se vira com um sorriso torto, a garota volta com os pedidos por um estreito vão, coberto por uma cortina. Coloca o prato com o baurú sobre o balcão, e segue em direção à maquina de café expresso e capuccino. A garota se apóia na maquina fazendo sua unica mecha livre de cabelo cair sobre sua vista. 
Entre seus sedosos cabelos negros, avistava Gabriel em segredo. 


Entrega a xícara para o alquimista, que sorve um gole, sem tirar os olhos das pequenas sardas que marcavam a garota. Procegue:


-Manhã fria né... - sorve novamente.
-Fria e umida, isso me passa uma impressão estranha, como se... - diz a garota perdendo a vista no horizonte. - Deixe, coisa minha.
-Ja começou, agora diga! - responde Gabriel com irreverência.
-Me chamo Verônica e você? - retruca após um singelo sorriso. 
-Gabriel. - sorri.


Deleitando-se com o aroma da bela moça, Vito ainda debrussado só ouvia os murmurros e risadas abafadas. Estava ele de fato tentado pelo sangue fresco e puro, era algo muito forte e estava a tão perto, "é uma presa fácil para outro nosferatus" pensava Vito. Gabriel cutuca com força as costelas e da ordem para que Vito acorde. 


Vito se levanta, de fronte à Verônica, ainda com os olhos cerrados. Inspira fortemente.

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Capitulo 8

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Capitulo 7

Dois ladrões caminham sobre os telhados. Pela destreza com que praticam se fazem pássaros da escuridão. Por meio do mapa furtado à pouco, chegaram até a mansão. 


A mansão, de arquitetura barroca, com velhos pilares e videiras nos roda-pés, os grandes portais de madeira negra arejavam o recinto, o fazia gélido e depressivo. O cheiro da poeira e mofo, se exalava ainda mais pela recente movimentação da área, onde se havia organizado os itens pessoais que ali se encontravam para ser feito o leilão.


Vito esta angustiado com um pensamento "Podemos não ser os primeiros a pensar nisto". Desesperado, errava passos e pela ansiedade sentia fome. Já na mansão, reviravam as caixas, todas organizadas por preço, foleavam e liam superficialmente os livros. O boato dizia que a fórmula primária da pedra filosofal estaria ali.
A tensão e culpa se alastrava, Gabriel, impaciente, tenta se acalmar, se senta no chão e acende um cigarro. Traga profundamente, e expira marcando todo o quarto com a fumaça. Traga novamente e diz ainda com a fumaça presa:
- Vito, e se não estiver aqui?- e enfim solta a fumaça apontando sua boca para cima. 
- Chiudere*, e ajude a procurar! - Vito não se desconcentra do trabalho.


Gabriel se levanta e caminha, agora calmo, para o comodo ao lado, onde se encontrava uma caixa de fotos da família. Ao ver uma fotografia do alquimista para quem havia trabalhado à 54 anos. Gabriel volta eufórico para o quarto onde estão os itens do leilão. Sacando rapidamente seu punhal da cintura, toma o livro das mãos de Vito e corta a capa, na região perto das costuras. Do interior da capa retira uma pagina referente à criação de uma pedra filosofal. 


Vito confuso em si, pasmo, e aliviado, pega outro livro e faz o mesmo procedimento mostrado pelo amigo. E os rasgaram um por um, até que completaram o artigo. A receita primitiva da pedra filosofal, foi encontrada, na mansão seguinte, um amontoado de alquimistas se encontraram no leilão. Amaldiçoaram e maldisseram. 

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Capitulo 6

A rodoviária esta vazia naquela tarde abafada de outono. Vito comprava as passagens para um pequeno vilarejo à 500 ou 600 quilômetros de onde estavam, em quanto Gabriel falava ao telefone, irritado, falava enérgico, procurando alugar um quarto em uma hospedaria na cidade de destino. O nosferatus pega as passagens e caminha com sua calma costumeira para perto do amigo. Minutos depois Gabriel consegue a reserva, em seguida ambos seguem embarque. 


Seguiram no ônibus quase vazio, dividido com dois ou três velhos. O veículo já estava de partida quando um homem, com seus 30 anos e roupas no minimo exóticas, embarca segurando um pequena mala de mão, de couro baio e surrado.  Gabriel afunda na poltrona e golpeia levemente com o cotovelo as costelas de Vito, que reage com atenção. Aspira. 
- Mojo. - diz o vampiro intrigado. 
- Ele deve ir para o leilão também! - sussurra Gabriel, e prossegue - Vamos apagar esse cara entes que chegue lá, será menos um concorrente. 




Vito abre a mochila que estava entre suas pernas e examina alguns artefatos. Gabriel dita alguns itens que lhe são entregues pelo cúmplice. Gabriel arquiteta uma mistura de substancias que lhe garantisse no mínimo, que o alvo se permanecesse inconsciente até o momento do leilão. Terminada a solução, Vito se levanta, caminhando silenciosamente até o alquimista desconhecido. Gabriel o segue portando a substância.




O nosferatus com força prende a presa pelos cabelos, e a cala. Gabriel derrama o liquido que escorrem pelos dedos entreabertos de Vito e vão até os lábios de destino. Após algumas convulsões o alquimista silencia-se. Vito por sua vez furta o pequeno mapa que sua vítima carregava. E o ônibus segue viajem ao cair do crepúsculo. O mapa denunciava o interesse pelo leilão, já que a mansão estava circulada por caneta vermelha. Mais alguns círculos indicavam a estadia e pontos de referência. 


Vito e Gabriel chegaram na cidade de destino, seguiram para a pousada, que precária, fornecia poucos dos requisitos de conforto. Vito não reclamou e deitou-se no leito e começou a refletir. Gabriel cheio de queixas liga a pequena televisão de 14 polegadas que estava parafusada no canto da parede. Vito indaga:
- Gabriel, quanto tu tens acumulado? Em questão de dinheiro?
- Que? E pra que você precisa saber disto? - responde grosseiramente o parceiro.
- Vamos à um leilão amanha, precisamos de dinheiro para pagar, acho que é assim que funciona, a não ser que tenha mudado desde minha época. - prossegue humildemente o nosferatus. 
Gabriel cobre o rosto e põe-se a reclamar: - A dificuldade de achar uma pousada foi por isso, essa cidade ta lotada de alquimistas! Eu deveria ter previsto. Como faremos agora meu caro amigo?
- Eu bem que senti o ar de mojo que estava este vilarejo. - completa Vito com desanimo. 
- Que faremos?
- Trapaça? - sugere o vampiro com genialidade. Gabriel da um meio sorriso e completa elogiando "Meu garoto."

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Capitulo 5

Aceitando o desafio Vito saca de seu bolso um canivete suíço vermelho, cruza com a espada de Clemenza. Perante a situação Gabriel, de braços cruzados anuncia: “Crianças, volto logo, tenho um encontro marcado.” E logo em seguida desce pela escada. Vito estuda a posição do adversário andando em círculos, ainda com as laminas cruzadas. Vito gargalha, abrindo sua guarda, em seguida avança com brutal convicção tirando o florete de seu caminho. O sapato social de bico fino de Vito, acerta ao meio o abdome de Clemenza. Atingido, é levado para traz. Clemenza ataca, o florete assovia cortando o ar. Saltando para traz, Vito só tem um pequeno corte em sua camisa xadrez. Um novo golpe é desferido pelo florete, o canivete o interrompe propagando um tilintar dos metais. Vito segura uma banqueta e arremessa em direção a têmpora de Clemenza. Um talho é aberto, a cicatrização é instantânea, Clemenza recompõe-se e continua atacando. Após diversos ataques Vito prova seu talento com a pequena lamina ceifada de seu canivete. Desviando de uma estocada, acerta a lamina na bochecha de Celmenza. Rasgando-a do molar até os lábios. O sangue escorre. Vito anseia vomitar, com a guarda baixa tem seu rim perfurado pela lamina de prata. Imediatamente desfere a lamina do canivete entre a garganta e queixo, fisgando-o pelo maxilar. Liberto da lamina em suas entranhas Vito saca uma lamina secundaria de seu canivete, o conjunto forma um “V”, com tal ângulo imobiliza a espada do adversário, e com a mão espalmada pressiona a lateral da lamina e a rompe ao meio. Com a parte restante do florete, Clemenza, atinge a clavícula de Vito, que por sua vez, literalmente cava o peito do oponente retalhando seu coração. O cheiro do sangue faz Vito vomitar. Um assovio alegre sobe as escadas. Era Gabriel, que entra na sala guardando um papel no bolso do sobretudo. Vito se levanta queixando-se pela demora do companheiro. Os ferimentos à prata feitos no abdome de Vito, e no rosto e peito de Clemenza, não se cicatrizam com facilidade, os nosferatus tem esta fraqueza, porém em cerca de dois ou três meses Clemenza retornaria. Gabriel, noticia que esta um passo à frente a respeito da pedra filosofal, ficou sabendo sobre um leilão em uma cidade próxima onde aconteceria a venda de materiais históricos da coleção de uma família de antigos alquimistas, onde em um dos livros que seriam leiloados, havia fórmula primária da pedra filosofal.

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